Síndrome do QT longo / Long QT syndrome

Mulheres A síndrome do QT longo é uma doença familiar caracterizada por um intervalo QT anormalmente prolongado. Pode apresentar síncope, taquicardia ventricular e morte súbita arrítmica. Ocorre por efeito de drogas, substâncias tóxicas, hipotermia e doença expansiva do sistema nervoso central. Os episódios de síncope ou de parada cardíaca estão sempre associados a fatores precipitantes como medo, raiva, estímulos auditivos e estresse. Utilizam-se o eletrocardiograma, a eletrocardiografia dinâmica pelo sistema Holter e o ecocardiograma para diagnóstico. Para tratamento dispomos de recomendações não farmacológicas, betabloqueadores, simpatectomia cervicotorácica esquerda e implante do cardioversor desfibrilador implantável (CDI). Nosso objetivo final é levar ao conhecimento dos obstetras a síndrome do QT longo, pois muitas mortes em tenra idade poderiam ser evitadas quando da suspeita de cardiopatia fetal principalmente as arritmias cardíacas fetais

Aceleraçäo transitória da freqüência cardíaca fetal à cardiotocografia basal, em gestantes normais / Fetal heart rate transient acceleration during basal cardiotocography in healthy pregnant women

Analisamos, retrospectivamente, 32 traçados cardiotocográficos basais, realizados em 32 grávidas normais, com idade gestacional (IG) que variou entre 29 semanas e seis dias a 41 semanas e cinco dias. Os exames foram divididos em dois grupos: o primeiro, pertencente a gestantes com IG inferior a 34 semanas; o segundo, com IG igual ou superior a esta. Avaliamos a duraçao da cardiotocografia basal (CB), o número de movimentos corpóreos fetais (MCF), o número de aceleraçoes transitórias (AT) da freqüência cardíaca fetal (FCF) decorrentes, bem como a porcentagem AT/MCF. Estabelecemos também o número de contraçoes uterinas (CUT) e as AT decorrentes, assim como a porcentagem A TICUT nos respectivos grupos. A duraçao da CB foi, em média, de 10,33 minutos nas gestaçoes inferiores a 34 semanas e de 10,73 minutos quando igual ou superior a esta IG. Nao encontramos diferença estatisticamente significante no número de MCF e de AT entre os dois grupos analisados. A relaçao entre os MCF e as AT resultou em coeficiente de correlaçao estatisticamente nao significante na populaçao abaixo de 34 semanas, ao contrário das gestaçoes acima desta idade. A porcentagem média de AT/MCF foi de 49,5 por cento no primeiro grupo e de 71,1 por cento no segundo, diferença estatisticamente significante. O percentual de AT/CUT foi zero nas gestantes com IG inferior a 34 semanas e de 23 por cento, quando acima deste limite. Concluímos que, apesar de nao ha ver diferença estatisticamente significante no número de MCF e de AT da FCF nas gestaçoes inferiores a 34 semanas, quando comparadas com IG igual ou superior a este limite, a partir da 34( semana de gestaçao, os MCF desencadeiam maior número de AT.

Resposta acelerativa da freqüência cardíaca fetal à cardiotocografia estimulada em gestantes normais / Fetal heart rate acceleration response to cardiotocographic stimulation in normal pregnant women

A resposta acelerativa da freqüência cardiaca fetal ao estímulo acústico (EA) na cardiotocografia anteparto, em gestantes normais, é analisada nos seguintes parâmetros: amplitude (em batimentos/ minuto), duraçao (em segundos), número de movimentos corpóreos fetais (MCF) e de aceleraçoes transitórias (AT) destes decorrentes, observados após a primeira resposta acelerativa e a porcentagem AT/MCF. Avaliamos os traçados cardiotocográficos obtidos de 28 gestantes, com idade gestacional (IG) que variou de 29 semanas e seis dias a 41 semanas e cinco dias e que foram divididos em dois grupos: o primeiro - composto por oito grávidas com IG inferior a 34 semanas; o segundo - por 20 gestantes com IG igual ou superior a 34 semanas. Nao foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em amplitude e duraçao da resposta ao EA, número de MCF e de AT destes decorrentes, assim como na porcentagem AT/MCF, após a primeira resposta acelerativa. A correlaçao entre os MCF e as AT foi estatisticamente significante nos dois grupos. Concluímos que a resposta cárdio-acelerativa ao EA, em conceptos com IG entre 30 e 34 semanas incompletas, é semelhante à obtida em fetos com IG igual ou acima deste limite até o termo.

Assistencia ao parto em pacientes com cesarea anterior: resultados da clinica obstetrica da Faculdade de Medicina de Sorocaba / Birth delivery assistance in patients with a previous cesarean section: experience at the Sorocaba Medical School Obstetrical Clinic

O objetivo deste estudo foi verificar e transmitir nossos resultados na assistencia do parto em pacientes com 1 cesarea anterior, bem como discutir alguns aspectos recentes da literatura. Foram estudadas 508 pacientes com 1 cesarea anterior assistidas na Clinica Obstetrica da Faculdade de Medicina de Sorocaba no periodo de janeiro de 1989 a agosto de 1991. Em 287 pacientes (56,5 por cento) foi repetida a cesarea enquanto que em 221 (43,5 por cento) realizou-se parto vaginal. Pacientes com idade ate 17 anos apresentaram menor repeticao de cesarea que as com idade superior a 35 anos, 44,5 por cento X 68 por cento respectivamente. O obito perinatal ocorreu em 10 casos (1,95 por cento). Houve 2 deiscencias de cicatriz anterior e 1 caso de rotura uterina. Nao ocorreu morte materna

Análise comparativa da reatividade cardíaca fetal ao estímulo acústico, avaliada simultaneamente por ausculta e cardiotocografia / Comparative analysis of fetal cardiac reactivity to acoustic stimulation, evaluated simultaneously by auscultation and by cardiotocography

A avaliaçäo da reatividade cardíaca fetal ao estímulo acústico (EA) pela simples ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF) é prática difundida em nosso meio, como método de rastreamento do bem-estar fetal. O objetivo deste trabalho foi comparar a reatividade cardíaca fetal ao EA, avaliada simultaneamente pela ausculta dos BCF através do sonar Doppler e pela cardiotocografia (CTG) estimulada com buzina Kobo de bicicleta, em gestantes normais. Realizamos estudo retrospectivo comparativo entre as duas metodologias, utilizando dados obtidos em estudo anterior. Analisamos os resultados de 28 exames de ausculta dos BCF através do sonar doppler realizados simultaneamente à CTG estimulada com buzina Kobo de bicicleta, obtidos de 28 grávidas normais, com idade gestacional entre 29 semanas e seis dias e 41 semanas e cinco dias. Os conceptos foram classificados em reativos, hiporreativos e näo reativos ao EA, através da ausculta e da CTG. O índice de concordância entre os dois métodos foi de 85,7 por cento, permitindo-nos concluir que a singela ausculta dos BCF através do sonar doppler é método de valor para o rastreamento da higidez fetal, em grávidas normais.

Comportamento sexual e gestaçäo na adolescência / Sexual behaviour and pregnancy in teenagers

Foram estudadas 378 parturientes no CCMB-PUCSP (Sorocaba), com até 35 anos de idade, em relaçäo à idade, estado civil, idade da menarca e da primeira relaçäo sexual, idade da primeira gestaçäo, número de gestaçöes e informaçöes sobre anticoncepçäo e sua utilizaçäo. Elas foram divididas em dois grupos: adolescentes e adultas. A maioria das pacientes era solteira ao tempo da primeira gestaçäo. As dadolescentes iniciaram sua vida sexual (15,3 ñ l,8) antes do que as adultas (17,3 ñ 3,2 anos) (p < 0,01). As adolescentes conheciam menos a respeito de vida sexual quando comparadas com as adultas, e muitas nem mesmo sabiam que vida sexual e procriaçäo estäo relacionadas. No total, aproximadamente 70% destas pacientes säo ou foram mäes na adolescência. As adultas que iniciaram sua atividade sexual quando eram adolescentes vieram a ter mais filhos (3,8 ñ 2,4) do que aquelas que a iniciaram na fase adulta (3,0 ñ 32,1) (p < 0,05). Este trabalho fornece subsídios para maiores informaçöes a respeito da sexualidade, comportamento sexual e suas conseqüências para as adolescentes, permitindo uma melhor abordagem destas pacientes

Anemia materna e baixo-peso fetal / Meternal anemia and fetal low weight

No ano de 1986 foram estudadas 395 gesdtantes do Serviço de Pré-natal da Clínica Obstétrica do centro de Ciências Médicas e Biológicas de Sorocaba, que tiveram acompanhamento desde o Pré-natal no ano de 1985, até a assistência ao parto, a fim de verificar a incidência de anemia, e sua reprecussäo sobre o peso do produto conceptual. O critério adotado para classificar as pacientes em anêmicas e näo anêmicas, foi o nível de hemoglobina menor que 10g% (Organizaçäo Mundial de Saúde). Constatou-se que a anemia esteve presente em 30 pacientes (7,59%), e que o baixo-peso fetal, foi maior nas gestantes anêmicas que iniciaram a assistência Pré-natal no último trimestre da gestaçäo